De repente ele olhou pra tras e a esperou...ajudando-a a atravessar as pedras escorregadias da cachoeira.
Observava-lhe sem ohar...e a ouvia escutando...
Pararam sobre a pedra, de onde ouvia-se a água e via-se nuvens entre árvores.
Falavam de coisas supérfluas...falavam de amizade...reclamavam da vida e da pressa de vivê-la.
Compartilhavam conquistas...as decepções e as dúvidas...
Dividiam o trago do cigarro...enquanto o outro ali cantava...
Falaram dos temporais e das bonanzas.
Falaram do ciclo vital da vida...
Descobriam semelhanças...ignoravam as diferenças...
Riam...
Sorriam...
E no silêncio se encontraram...
São aquelas mãos nas suas pequeninas mãos q a faz suspirar...è aquele jeito de cuidar que ele tem,como se ela fosse de cristal e pudesse se quebrar a qualquer momento...
Ter...é o correr o risco de perder...Por isso ela sempre o olha de longe...Da maneira que ela achou mais conveniente...ter, sem tê-lo...ser quando assim deve ser...esporádicamente...casualmente...suavemente...
E para sempre ter aquele beijo na testa quando ela se despede sem olhar pra tras...