terça-feira, 26 de maio de 2009

:: GraTiDãO ::



Obrigada por me curar daquela minha ridícula obsessão de te amar.

Obrigada!




[Posso perder a sanidade...mas não perco a poesia.]

*

domingo, 24 de maio de 2009

:: CoTiDiaNo ::

.

O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua.



"Deixe em Paz meu coração...que ele é um pote até aqui de mágoa...
E qualquer desatenção,faça não...!POde ser a gota d'água..."







[Deixa pra lá.Já está tudo tão esquecido mesmo...Que já nos baste este silêncio torto...
Estas reticências mudas...E este vazio, já tão conhecido...
Deixa pra lá...Por hoje ao menos...Esquece...]

*


quarta-feira, 20 de maio de 2009

- Nas voltas do parafuso -

.


"Naquele dia senti
Que, finalmente,
Tua máscara ia cair
Definitivamente
Eu estava cansado
e te ouvi mentir

Meu corpo doía de um lado
Minha alma fervia do outro
De novo no mesmo lugar
E eu não queria estar ali

Tenho certeza que tu és o castelo
Onde o meu desejo mora
Mas me machuquei
Quando me aproximei
De tuas paredes de pedra

E tudo que sonhei
Me incomoda agora
Seja qual for o dia
Seja qual for a hora
Antes de pensar em me procurar
Me apague da tua memória

Porque já tranquei as portas
E escondi as chaves
Só não vi de que lado fiquei
De dentro, ou por fora, nem sei

Você me dói agudo e isso é grave, grave
Antes de te reencontrar
Sei que preciso voltar
A ser alguém

Alguém que saiba, pelo menos
Tudo aquilo que não quer
Alguém que tente
Atravessar o túnel no final da luz

Pois fiquei cego, surdo e mudo
E agora quero me esquecer de tudo
Pra descobrir em fim o que sobrou de mim
Que ainda me seduz

Se por acaso pensas que
Eu vou me perder por aí
Ainda vou gritar no teu ouvido
Que a vida é um parafuso sem fim

Que a cada volta
Aperta mais
E nunca afrouxa
Para trás
Só então saberás que
Desde o início eu já era assim

Você me dói agudo e isso é grave, grave
Antes de te reencontrar
Sei que preciso voltar
A ser alguém..."

.


[Moska certamente saberia o que eu deveria te dizer...]

:: Enquanto o sono não vem... ::

(Na dúvida...fui arrastada pelos meus preciosos segundos, feito correnteza.
Veio corroendo, fazendo de mim um grande museu de pequenas coisas...)


No meio do quarto vazio, estava eu quieta sentada... despida de tudo que não fossem lembranças...
Já passava das dez da noite...
a chuva tempestiva talvez fosse a causa de constantes questionamentos e parecia que ia custar a passar....
Os relâmpados...eles eram os flashes das suas fotografias mentais, lembraças tão vivas que pareciam ter ocorrido há poucos instantes atrás...
Estranho, até parece que foi agora há pouco...- e eu só deveria continuar a ouvir o barulho de chuva, dos trovões e do coração dormente.
Mas eu senti a sua voz...

(Na dúvida...fui arrastada pelos meus preciosos segundos, feito correnteza.
Veio corroendo, fazendo de mim um grande museu de pequenas coisas...)


Palavra por palavra, parecia marcar-lhe de tal forma absurda, que nem se lembrava mais...
Não lembrava mais daquela dor provocada...sufocada...calada...
Mas lembrava daquela boca quente...do som da voz manhosa e rouca...dos movimentos tão expressivos dos lábios e, no entanto, relutantes de se expressar...da maciez da pele ao redor da boca, que lhe cobria todo o resto do corpo, tão pálido e brilhante sob a luz do luar...do corpo emaranhado nos lençóis e nos seus braços e pernas...
E meus passos seguiram em direção ao teu.
Sim.Eu vou.

(Na dúvida...fui arrastada pelos meus preciosos segundos, feito correnteza.
Veio corroendo, fazendo de mim um grande museu de pequenas coisas...)

Aquela frase simplesmente surgiu...
E mesmo se não estivessemos sob o mesmo céu,eu iria pôr asas pra te encontrar.
Sem pensar mais em nada...havia chuva.
Ilhada por entre ruas.Ilhadas de sentimentos.Ilhada de você.
Como se o mundo todo o atravessasse, penetrando sua carne por todos os poros, estancou.
O mundo parecia paralizado.

Levantei-me. O mundo, se abaixou.
A cada passo que dava o mundo saia do lugar. E assim como o mundo o trespassava tal qual punhal, expandia-se também em direção contrária...o seu eu mais íntimo, quase inalcançável, expandia e fundia-se a tudo que não era ele próprio.


(Na dúvida...fui arrastada pelos meus preciosos segundos, feito correnteza.
Veio corroendo, fazendo de mim um grande museu de pequenas coisas...)

Gastei a melhor roupa para vc não sentir.Vesti o perfume mais caro para que você não pudesse ver.Ensaiei os cabelos para nele me esconder e prendi as palavras soltas aos vento.
Recebi um fim de uma noite que não houve começo.
Começo de uma história que se inicia no fim.


(Na dúvida...fui arrastada pelos meus preciosos segundos, feito correnteza.
Veio corroendo, fazendo de mim um grande museu de pequenas coisas...)

A dúvida já parecia não ter mais tanta importância.Em seu lugar sobrepôs a dor.
E enquanto eu via o telefone tocar...parecia que podia ver que tudo estava justame
nte onde devia estar.
A distância serviu-me de abrigo. A sua ausência de companhia. A saudade me trouxe exatidão.

O coração acelerado, aquietou-se...e assim eu pude aproveitar melhor a chuva...



(Museu...dos meus preciosos segundos...fui arrastada
corroendo feito correnteza. Na dúvida de pequenas coisa...Fiz de mim, Grande...)







[Não há nada a ser esperado...e nem desesperado.]


*

Meu coração tem asas...

... a minha razão anda à pé.
















Quem chegar primeiro leva...!




[E eu vou esquecer tudo que eu já tinha esquecido de esquecer...]
*

sexta-feira, 15 de maio de 2009

:: ERRO ! ::

[ A página não pode ser exibida...]



Lembra quando você só tinha uma conexão discada, digitava um endereço e esperava ansiosamente para que a janela branca que se abre tomasse cor e forma?
Daí você olha pra barrinha onde o azul marinho vai preenchendo devagaaaaaar e fica na expectativa do que vai aparecer.
E... de repente... é uma página com fundo branco, sem graça com os seguintes dizeres:




.
.

Agora,parece que deparei-me com a sugestão “Clique no botão Atualizar ou tente novamente mais tarde” mas faltou-me coragem(ou vontade?) pra isso.

Faltou coragem ou sobrou discernimento.
Discernimento que me dizia que aquela página não era pra ser aberta porque não daria certo. Não era pra dar.
Talvez a culpa tenha sido minha.
Talvez eu tenha digitado o endereço errado...
Até aceitaria que alguém “detectasse as configurações de rede” e me dissesse o que houve de errado, mas duvido muito que o relatório a receber seria satisfatório...

“A página que você procura não está disponível no momento."
Talvez o site da Web esteja passando por dificuldades técnicas ou você precise ajustar as configurações do navegador.”


[Ou a culpa é deles... ou as minhas configurações precisam ser ajustadas.]


*



P.S.: E se as semelhanças deixarem de ser meras coincidências?

:: Na DoçuRa do SilênCio ::

"(...)mas dirás assim, por exemplo, como você sabe, a gente, as pessoas infelizmente têm, temos, essa coisa, as emoções, mas te deténs, infelizmente?
Então dirás rápido, para não te desviares demasiado do que estabeleceste, qualquer coisa como seria tão bom se pudéssimos nos relacionar sem que nenhum dos dois esperasse absolutamente nada, mas infelizmente, insistirás, infelizmente nós, a gente, as pessoas, têm, temos - emoções.
Meditarias: as pessoas falam coisas, e por trás do que falam há o que sentem, e por trás do que sentem há o que são e nem sempre se mostra.

(...) mas sempre sou capaz de me calar, talvez dirás então, descontrolado e um pouco mais dramático, porque meu silêncio já não é uma omissão, mas uma mentira (...)"





[ A única verdade,é que eu vivo.Sinceramente,eu vivo.]



*

quarta-feira, 6 de maio de 2009

:: Tu Es Me Came::

(...)

"Tu fleuris au plus doux de mon âme...

Tu es ma came
Tu es mon genre de délice, de programme
Je t'aspire, je t'expire et je me pâme

Tu es ma came...
J'aime tes yeux, tes cheveux,
ton arôme Viens donc là que j'te goûte que j'te hume
Tu es mon bel amour, mon anagramme

Tu es ma came
Je me sens renaître sous ton charme
À tes pieds je dépose mes armes
Tu es ma came"









.

.

Em tempo,acordei e me encontrei.

Fui ao encontro de mim.

Calma, alegre, plenitude sem fulminaçao.

Simplesmente eu sou eu, e você e você.

É lindo, é vasto, vai durar.

Eu nao sei muito bem, o que vou fazer em seguida mas,

por enquanto olha pra mim e me ama.

Nao!

Tu olhas pra ti e te amas!

É o que esta certo.

-Lispector-

[ Ela pôs em suas mão o que sentia...e ele lhe deu um sorriso trazendo Paz..]

*