quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

"A minha estrada corre pro teu mar..."

.

"E assim então o teu segredo.
Teu segredo é tão parecido contigo...que nada me revela além do que já sei.
E sei tão pouco...como se o teu enigma fosse eu.
Assim como tu és o meu."
-Clarice Lispector-

.



(...)
Lembrei-me do perfume dos suspiros secretos (inaudíveis)
das borboletas inquietas e desconcertantes
que descansam onde agora o meu coração adormece.
... da sensação de que tudo será tão perfeito...
(será?)
Já é!





[Tô chegando meu nêgo...tô chegando...]



*

" Sou forte...mas não chego a teus pés..."




.
Ela é em mim o que eu não digo, as palavras que não ouso...
Minha espada e o meu escudo.
Os dedos que deslizam entre meus cabelos...
Meu colo e meu refúgio...
Minha fortaleza e minha fraqueza.
Olhos que questionam e que gostam quando questionados.
Ela é o azul em mim.O branco...e o lilás.
E sua voz é dessas para se ouvir de olhos fechados.
Mulher de reticências, nunca um ponto.
Ela continua sempre.
E continua em mim, mesmo quando distante...

E se me calo, perto dela, é porque ela é o que há de grande em mim...
O que não se explica , o que basta por apenas ser.



Eu conheci a vida pela luz dos olhos teus.
Minha vida,meu espelho...e que Deus me deu a sorte de tê-la como mãe.


[Vai dar tudo certo,minha Thuquinha...tudo certinho...
N.E.O.Q.E.A.V. ,ta?

Segura minha mão...Tô em ti...sempre: Cuquinha.]




*

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

.Vontade + Saudade.

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"Tua palavra, tua história,
tua verdade fazendo escola
e tua ausência fazendo silêncio em todo lugar...

Metade de mim agora é assim :
de um lado a poesia, o verbo, a saudade...
Do outro...a luta, a força e a coragem pra chegar até o fim.

Enquanto houver você do outro lado,
Aqui do outro eu consigo me orientar..."




[Não há quem duvide que esse sorriso era pra você...]




*

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

"Quando o tempo ensinou respeitar o amanhecer, o mundo girou..."

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Te guardo entre as coisas que não podem ser.
Te guardo.
Guardo teus azuis(aquele mesmo da tua blusa na última vez que te vi)...

Minhas palavras hoje que são tuas,as guardo, esperando teu sorriso, teu riso, tua boca...
Tuas coisas que agora não podem ser.
Te guardo sem te esquecer.
Vez ou outra te olho, te trago para o meu mundo, brinco com o improvável, com o inevitável.
Te espero.

(Me espera).
E nesse mundo que girou...giramos eu e você.
E nesse girar, nesse vai e vem de sentimentos e confusões me perdi, e me encontrei em ti a cada volta.
Já te falei do quanto sinto
E de tudo de mim que é seu... é somente seu agora.
Sem medo de sentir.
Mesmo tonta com todas essas minhas idas e vindas e voltas e ausências e
(re)encontros...
Ainda sou aquela que um dia calou.

Calo para "eles" que não entenderiam nunca o que somos nós, calo para eles sim, mas para ti sussurro...


.


[Agora durmo...porque quero 23 amanhecer...]



*

.Emiessiêni.

.


Ele diz:
Saudades de tudo aquilo que ainda não vivemos.

E ela?
Ahhh...ela suspira...suspira...enquanto faz as malas...

.


" Quando me vi tendo de viver comigo apenas e com o mundo,
Você me veio como um sonho bom...e me assustei..."




[Saudade!Vontade...]

*

.Chocolate sabor féu.





.

De feniletilamina,fez sentir-me um gosto de féu em minha boca.
Logo tu, quem sempre fez parecer doce o teu veneno...

.


[Ainda é pequeno demais pra destruir tamanho apreço q tenho a ti.
Time de fora nao é mais meu,doce de jiló...]




*

sábado, 23 de fevereiro de 2008

.E quem poderá.(?)

.
Um homem foi bater à porta do rei e disse-lhe:
- Dá-me um barco.
-E tu para que queres um barco, pode-se saber?
-Para ir à procura da ilha desconhecida.
Respondeu o homem.
- Disparate, já não há ilhas desconhecidas.
- Quem foi que te disse, Rei, que já não há ilhas desconhecidas?
- Estão todas nos mapas.
- Nos mapas só estão as ilhas conhecidas...
- E que ilha desconhecida é essa que queres ir à procura?
- Se eu te pudesse dizer, então não seria desconhecida.

(Exerto de "O Conto da Ilha Desconhecida", José Saramago)

.

(...)
E já que dizem que o pessimista queixa-se do vento,o otimista espera que ele mude...
Eu,como uma boa realista...ajustarei minhas velas...



[Estou indo...
Penso em vc...e o friozinho na barriga tornou-se inevitável...]


*

.Entre leões e borboletas.

.
Com a força de um leão e a leveza de uma borboleta..
Seguir com coragem e marcar sem deixar marcas.
Me perco entre leões e borboletas pensando nas alegrias e possibilidades do caminho.
Novas janelas se abrem e velhas portas se fecham.
Mudar, torcer e fazer valer.

Não sei a fórmula...nem tão pouco a opção certa.
Mas a resposta tá na viagem...
Correr por aí sem querer voltar, acontece toda hora.

As 24h que duram a vida de uma borboleta valem por todos os anos de realeza de um leão.
Um completa o outro..
Pare e pense por um instante...
Caminhar até o fim.
Eles caminham, vivem, lutam e deslumbram até o fim de suas estradas.
São fascinantes para quem quer que os olhe.
Se vivem 24h ou 24 anos.. Pouco importa...
Fazer valer não precisa de mais do que um segundo.

Aqui abro mais uma porta.
Abro minhas asas e sacudo minha juba.
Entre leões e borboletas, hoje eu fico comigo mesma.



.

"Se estou contigo,é porque estás comigo.E nós,não podemos nos perder..."
-MOSKA-




*

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Estória fictícia se escreve com "Es" né? Então,vamos lá :

UMA HISTORINHA :

.

Ela tocou a campanhia e me pediu apenas que pagasse três reais naquela vela.Era uma vela bonita ...aquelas de 7 dias...envolta num alumínio com um desenho de Santo Expedito.
Tudo bem que a minha doutrina nunca foi ligada ao catolicismo e muito menos nunca voltei a minha devoção à santos.
Mas eu sempre gostei de velas...
No manual havia uma explicação que qndo a vela era acesa,aparecia a oração de Santo Expedito gravada nela.Era necessário rezar um pai nosso,uma ave Maria ,fazer o sinal da santa cruz...e em seguida fazer um pedido.
Confesso que quis acender a vela por curiosidade...só para ver de que forma surgiria essa suposta oração na embalagem que a envolvia.
Mas assim a fiz.Depois de acesa...a oração : o pedido!
Qntas coisas Deus meu...me vinharam na cabeça.Quantas coisas!
Um pedido é tão pouco para tudo que quero...!
Mas prossegui.
Fechei os olhos e pedi apenas prosperidade.
Prosperidade,meu Pai...prosperidade.
E o resto...ah,o resto...Tu sabes bem o que é que é bom pra mim.

.



Santo Expedito foi martirizado na Armênia, ele era militar, e um dia, tocado pela graça de Deus, resolveu mudar de vida.
O espírito do mal apareceu para ele em forma de corvo e lhe segredou:
"Cras, Cras, Cras", - palavra latina que quer dizer amanhã, isto é, Deixe para amanhã! Não tenha pressa! Adie a sua conversão!-
Santo Expedito, pisoteando o corvo, esmagou-o gritando: "Hodie", que quer dizer hoje: "Nada de protelações é para já"!

Por isso que Santo Expedito é sempre invocado nos casos que exigem solução imediata, nos negócios urgentes, e que qualquer demora poderia causar grande prejuízo.
Santo Expedito não adia o seu auxílio para amanhã.
Ele atende hoje mesmo, ou na hora em que precisamos de sua ajuda. Mas ele espera que também nós não deixemos para amanhã nossa conversão.

O Santo é também protetor dos militares, estudantes, jovens e viajantes.


.




[Coincidência ou não...o telefone tocou,a viagem foi marcada,e email esperado chegou.
Ela era uma velhinha tão simpática...!
Ainda que as coisas não se concretizem,espero tê-la feito pelo menos feliz...
Apenas.]



*

.Sim...eu disse sim.


"De repente fico rindo à tôa,sem saber porquê...
E vem a vontade de sonhar,de novo de encontrar."


[E sobre a canção dedicada]
...Te diria que algumas canções simplesmente possuem braços.
Algumas dão a mão pra gente. Outras, nos abraçam...
Tem aquelas que nos seguram quando estamos caindo.
E tem também aquelas que nos agarram e nos fazem girar no céu...voando alto...flutuando com o coração na boca...


(...)
Ontem,cedo da noite eu adormeci.
Confesso que no meio do dia me peguei pensando em você...e soltei um sorriso silêncioso meio que abobalhado...
Engraçado...naquela hora senti sendo acordada todas as borboletas do meu estômago...



*

.Das coisas IN(esperadas).



.

"E a saudade em mim agora...
Quanto tempo será que demora,um mês pra passar...?"

.



*

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

.ERRO! ( A página não pode ser exibida...)

Sabe quando você só tem uma conexão discada, digita um endereço e espera ansiosamente para que a janela branca que se abre tome cor e forma?
Daí você olha pra barrinha onde o azul marinho vai preenchendo devagaaaaaar e fica na expectativa do que vai aparecer.
E... de repente... é uma página com fundo branco, sem graça com os seguintes dizeres:

.
.
Um dia deparei-me com a sugestão “Clique no botão Atualizar ou tente novamente mais tarde” mas faltou-me coragem pra isso.
Faltou coragem ou sobrou discernimento.
Discernimento que me dizia que aquela página não era pra ser aberta porque não daria certo. Não era pra dar.
Talvez a culpa tenha sido minha.
Talvez eu tenha digitado o endereço errado...
Até aceitaria que alguém “detectasse as configurações de rede” e me dissesse o que houve de errado, mas duvido muito que o relatório a receber seria satisfatório...
“A página que você procura não está disponível no momento.
Talvez o site da Web esteja passando por dificuldades técnicas ou você precise ajustar as configurações do navegador.”



[Ou a culpa é sua... ou as minhas configurações precisam ser ajustadas.]



*

.Sem olhar pra trás.



Entrei por janelas, portões e frestas.
Fiz uma verdadeira invasão e no meio da ocupação, desisti de conquistar o território.
Parti.
Sai deixando portas entreabertas, pistas e pegadas.
Desisti da luva e marquei sem querer minhas digitais na fechadura.
Vesti um sobretudo, escondi-me em disfarces e tentei não ser notada.
Acho que vou mudar meu nome, trocar de carro, falsificar minha identidade.
Fujo do continente tendo na mente a certeza da terra errada.
Talvez por um engano, talvez por desencanto... talvez foi só uma bússola quebrada.

.Fugere Urbem.


Adeus.
Que se rompa o fio último de tudo.
Eu quero a felicidade pura e destilada. Que ela venha clandestina e plena.


Tenho sede de plenitude.

Chega desse sofrimento dosado. Quero a libertação absoluta, total, intensa.
No meio de tudo veio a vontade mais forte de ser ainda mais eu.
Quero voar alto e forte.
Quero voar longe, bem longe.
E rápido.

O desejo do desconhecido me fez desgostar do óbvio. E querer o improvável.

Eu quero o espanto, a descoberta, a autenticidade. O previsível me enjoou.

Eu quero o improvável.




["Estou voltando pra casa...outra vez!"]
*

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

.About you.


.
Ele tem tudo o que ela não gosta.
Gosta da solidão, mas não gosta de ficar sozinho.
Não gosta de reggae, gosta do superficial.

Não gosta dela e ela não gosta dele.

Ele gosta de garotas hard rock, mini saia topo preto e barriga lisa.
Ele gosta de ser louco, manifesta o "sou solteiro e to feliz".
Ele bebe pra caralho, e fica sempre na dele, ele não liga sempre, ele ama vídeo
game, ele é o filho da mamãe!
Ele canta todas as musicas em inglês e canta cada refrão que parece
com ela de uma maneira toda infantil.

Ela não gosta dele e ele não gosta dela!

Ele não é apegado, manifesta bem o refrão " A liberdade manifesta o desapego."
Ele não malha todo dia,mas tem porte de atleta e vive a caça.
Ele se abre às vezes, e fica com tanto medo do que disse que fica frio no
mesmo instante.
AS vezes ele liga de madrugada e ela nunca atende,
afinal de contas ela não é maluca por ouvir a voz dele e odeia ser
segunda opção (pelo menos dele né?).
Aos 15 ele optou ir a Disney...ela, conhecer as praias do Nordeste.
Ela se divirte com seu jeito de moleque mimado responsável.
Seu orkut é o mais engraçado, ele tem todas as comunidades do Rock Balboa, é fã do
Jaspion e diz claramente que ama o Sul.

O que ela é na vida dele?
Nada, assim como ele tbm é nada na vida dela!

E por que está escrevendo dele? Simples, ele é simples, ele a enxerga do jeito que ela é.
Vive a dizendo o quanto ela é mimada, a apontando defeitos, rir dos seus erros.
Ele é tudo aquilo que ela nunca quis, e no final sabe tbm que ela é tudo aquilo que ele nunca vai querer.
Mas nas horas vagas eles se divertem!
E eles continuam se falando...outras vezes apenas brigando!
Ela sabe que na quinta-feira ele vai ligar de madrugada dizendo alguma coisa sem sentido, e que na sexta vai ligar arrependido por ter sido tão dramático, e se ela não atender, o que
geralmente acontece, ele finge que não lembra e da um sorriso torto.


Eles combinaram de não ficar mais, e estão conseguindo. Mas quinta
passada ele ligou, e ela não atendeu.
Na sexta ele riu, no sábado eles nem lembraram.
Ele não acredita em amizade entre homem e mulher e ela não acredita nele, assim eles vão levando a vida, e qualquer dia desses eles acham a metade que vai preencher...

Enquanto isso ela escreve de alguém que não se apegou pra não voltar a
escrever do grande apego da sua vida!
Escreve do moleque, do meio homem que passou como chuva de verão na sua vida e a deixou uma virose...mas que apesar de tudo deixou um quê de quero mais.

Mas eles combinaram e ele vai tentar acreditar em amizade e ela em desapego!!
Porque no final o que vale são as lembranças...e aquilo que a gente consegue pegar delas, é descobrir a essência, e não a parte superficial.

No final de garota mimada ela virou uma grande amiga pra quem não
acreditava em amizades, e de garoto enxaqueca ele virou uma brincalhão
que a faz rir nas horas mais ridículas.


E no final ele ama vídeo game porque esse treco tem controle e ELA não!!




*

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

.E vou esquecer tudo que tinha esquecido de não esquecer.

.
Eu já busquei as estrelas e já lhe dei lápis de cera...
[Estou colorindo nossa amizade.]

.



*

.

"Às vezes é bom sumir. Outras vezes é bom ficar calado e deixar as coisas correrem paralelas. Muitas vezes é importantíssimo escutar o toque do celular no meio da noite.

Há dias em que tapas no rosto e lágrimas escassas valem mais do que filme e sorvete em dias de chuva.

De vez em quando não escutar o que não queremos é perfeito. O problema é escutar o que queremos de vez em quando.

Houve um tempo em que o cheiro da pele não mudava e, quando mudou, mudou. Agora têm aqueles dias em que o cheiro volta e dá saudade do filme e do sorvete.

Às vezes é bom conversar. Outras vezes é bom xingar, pedir desculpas e não precisar conversar.

Muitas vezes bate uma solidão estranha. E de forma tão estranha ela também vai embora. Ah... e há dias em que é bom ir embora. Sem tchau, sem beijo. É estranho e, às vezes, necessário.

De vez em quando o nosso quarto fica meio escuro e a gente chora. O problema é quando choramos de vez em quando sem o quarto.

Houve um tempo em que os espelhos nem importavam tanto e, quando começaram a importar, ficou ruim. Agora têm aqueles dias em que o espelho te olha de volta e dá saudade do tchau. Do beijo.

Às vezes é bom apagar os velhos desenhos. Outras vezes é bom abrir as gavetas e reler as velhas marcas de grafite. Muitas vezes é ruim não ter ninguém pra conversar.

Há dias em que é melhor não acordar e/ou sonhar com o dia em que seria bom acordar.

De vez em quando não ser o acompanhante desejado machuca muito. O problema é não ser desejado como acompanhante de vez em quando.

Houve um tempo em que se separavam as músicas pelas pessoas que elas lembravam e, quando isso acabou, perdeu a graça.

Às vezes é bom esquecer. Outras vezes é bom lembrar do que foi bom. Muitas vezes a gente não entende o choro das outras pessoas.

Há dias em que a gente some. Aí, quem sabe, os outros lembram de você.

De vez em quando tudo faz lembrar o que seria muito, muito melhor esquecer. O problema é esquecer de tudo que seria muito, muito bom lembrar de vez em quando.

Houve um tempo em que pensar no recomeço seria pecado e, quando não recomeçou, foi pecado mesmo.

Um minuto, um dia, um mês ou mais. Não importa o tempo que se demora pra enxergar e aceitar certas coisas.
O que importa mesmo é não sentir mais falta de andar de mãos dadas..."





*

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

.Eu FaÇo TeATrO.


Contra a ignorância, o terror, a falta de educação, a ausência de sentimento,a propaganda de promessas, o conforto moral, a ordem acima do progresso,tuas palavras infâmes e teu silêncio gritante...eu faço teatro.

Faço teatro pra dar sentido às potencialidades, pra ocupar o tempo, pra desatolar o coração, pra provocar instintos, pra fertilizar razões, por uns trocados, por uma boa bisca, porque é fundamental e porque é inútil.

Pra subir na vida, pra cair de quatro, pra se enganar e se conhecer...contra a experiência insatisfatória;pra desatar o nó na garganta...se for o caso, eu faço teatro.

Faço teatro para não me tornar ainda pior do que somos.

Pra julgar publicamente os grandes massacres do espírito.

Pra viabilizar a esperança humana, essa serpente...

Pra esquecer as cicatrizes deixadas que ainda proferem sentenças...

Faço teatro de manhã, de tarde e de noite. Sou uma conveniência de emoções, 24 horas distribuindo máscaras e raízes.

Faço teatro de tudo, o tempo todo, porque acredito que a vida pode ser tão expressiva quanto a obra e que posso ter a chance de concebê-la e "manipular" alguns sentimentos.
Porque estou acordada. Porque sonho meus pesadelos.

Faço teatro apesar daqueles que, por um motivo que só pode ser estúpido estejam "contra" o teatro. Aliás, o que pode ser "contra" algo tão "a favor"?

Vou continuar fazendo teatro contra a mediocrização do pensamento; a desigualdade entre os iguais e a igualdade dos diferentes...

Vou fazer teatro contra o MAU teatro que querem fazer da minha realidade.

Farei teatro pra explicar-me... ainda que mal – e ao mal de todos nós dar-me algum destino menos infeliz.

Fararia teatro pra morrer de rir e pra morrer melhor.

Pra entender o inestimável, se esfregar no infalível, conhecer a nobreza, experimentar as mais sórdidas baixezas, pra brincar de Deus...

Ainda assim farei teatro, comendo o pão que os diabos amassam, os pratos feitos que as produções financiam e os jantares que tu me ofereces.


Fazemos teatro sim, tem gente que não faz e está morrendo...



[E essa que é a verdade.]






*adaptação de um pequeno trecho que vi por aí...e de repente quando vi,já estava exorcizando alguns sentimentos meus e o transformado em texto.*



*

.Seu olhar me olha...

...mas já não consegue me alcançar.
Meu Deus...como me dói esses teus sorrisos nos dias de chuva.
Se preocupa não...eu sei me virar bem.
(Com a porta trancada e as cortinas fechadas o mundo não me afeta.]




*

.Desorientada.


.

...Então eu corri e olhei pro céu.E o Sol
me deu Bom dia.

.


*

domingo, 10 de fevereiro de 2008

.Quem é ela:

Quem ela é?
Ela não é.
Ela está sendo...

(...)
Porque hoje, não lhe cabe dizer muita coisa...
Porque trovejou a noite toda ...
Porque perdeu o sono ...
Porque a comida esfriou ...
Porque o teu sorriso, ainda a perde ...
Porque existe "tempo de chorar" ...
Porque ela quer, mas não devia ...
Porque sinte saudade ...
Porque finais felizes ...
Porque faltou um beijo ...
Porque faltou um abraço mais demorado ...
Porque uma dor que nasce à flor da pele ...
Porque uma angústia, uma vontade, uma inquietude ...
Por que ... uma pergunta.




[POr isso colocou o óculos escuro ao passar por ti.]


*

sábado, 9 de fevereiro de 2008

.Closed eyes.


.

"Nunca te convidei para minha vida
por mais que a noite pedisse por companhia semelhante à sua ...
Nunca te chamei! ...
talvez em silêncio,
mas não há forma de você ter ouvido
mas você veio! ...
Ah ... sabendo de todo o fim
e ainda assim, escolheu me machucar...de novo ...
eu havia me acostumado a ser só ...
mas você!
ah ... você ...
é uma pena ...

Tenho uns olhos ainda iguais àqueles que te olharam um dia.
[depois se perderam]
porque olharam-te perto demais
sob a luz de mentiras cintilantes
e sinto que bastaria olhar-te para que tudo voltasse
[outra vez]
mas sei que meus olhos não te reconheceriam
[reconhecer-te-iam ...]
não mais.
tu já não tem as mesmas mãos ...
e teus olhos não tem mais luz ...
[ficaram só as mentiras]

.





Me apetece dizer que raspas e restos não me interessam mais."




*

.Sem Título.

.

Ele não entende de tristezas ...
Mas e agora?
Que parte de mim está vazia e se entristece? ...
Ele não entende de madrugadas também ...
nem as mensagens que a lua manda em segredo ...
Ele não entende a importancia de não saber sorrir
e nem sabe o por quê do preto-e-branco ser tão assim ... sei lá ...
ele não entende de silêncios ...


.

.Somente e só.


.
Hoje me defino com as palavras do Caio F:
"Desespero cercado de paz por todos os lados ..."

.






*

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

"Todo Carnaval tem seu FIM..."

...E não houve tempo sequer para mim.
Não houve tempo de tirar as roupas sujas.
Não pude trocar as malas.
Não ganhei o teu melhor sorriso.
A céu tava nublado.
Mas você estava aqui...não estava...?
[Impressão minha ou dormimos de mãos dadas...?]
.
.
.
.

.
.
.
.
.
De volta à Windtown...



*

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008


.
"-Três mil quinhentos e sessenta e sete...três mil quinhentos e sessenta e oito...três mil quinhentos e sessenta e nove...três mil quinhentos e sententa...Três mil quin...
-Hã...?
-Shhhhhh...Dorme,minha princesa.Dorme...Tô só contando todos os seus pêlinhos para que nenhum deles fique sem um beijo meu quando eu for embora...Shhh...Dorme...dorme...




[Ela o abraçou forte...como se abraçasse o tempo...] "


*

"Deixe a porta aberta quando for saindo..."



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Percebeu que estava com vontade de chorar.
E então ela chorou.
Ela a que não podia ter chorado,chorou...mostrando a todos o quanto ainda era fraca.
Mas foi um choro contido...que ficou por dentro...
Mas ainda assim,chorou...
Chorou como uma criança quando constroi o seu castelo de areia e vem o mar e derruba tudo...
Sentia o vento carregado de sal e água.
(Como aquela água salgada que costumava molhar seus papéis, suas frases)
Batia forte no rosto fazendo perder o fôlego, como quando tua roupa desabotoava assim distraidamente só dela te olhar.
O mar balança, o vento chicoteia quem vai na frente, ela na frente peito aberto, o frio que corta, a água que molha, o barco balança, ela balança quando pensa em ti.
E no meio daquele mar ela ficou tão pequena, e a dor pareceu dissolver em meio de tanta onda, e nada resta senão fechar os olhos e sentir, o mar, o vento, o sal, você...(distante,um dia.)

Mas a dor era só dela.
[E era esse o motivo do silêncio.]







[Te odiei por quase um segundo.]

*
Saudade de casa(reticências)