quinta-feira, 19 de julho de 2007

T. A. M.



Não consigo ver tudo isso sem lágrimas nos olhos...
Vejo as notícias,embora muito sensacionalistas,mas me remetem a uma dor irremediável que me causa uma angústia aqui no peito.
Talvez foi apenas um segundo,um minuto,um sim ou um não,um dúvida,uma certeza...uma atitude.
E tantas vidas...tantos destinos mudados...tantas perdas...
E uma sensação súbita de impotência...


Quantos aqui agora estão, choram por apenas querer mais um momento ...apenas um beijo...uma palavra...ou um olhar.
Quantos aqui ficarão lamentando-se por terem gastado a maioria do seu tempo preocupado em construir o seu império e esquecendo de fortificar os laços familiares...
Quantos queriam poder chegar em casa hoje e poder ensinar a tarefa da escola do seu filho sentados no chão da sala.
Quantos serão aqueles que perderam para sempre quem realmente os amavam.
Quantas hostilidades...atos impensados...carinho desperdiçados.
Quantos perdões a serem pedidos terão que ser jogados para sempre ao vento...
Aquele telefonema...aquele abraço apertado...a vontade de está perto...e a vontade de que tudo fosse diferente.
Quantos deles queriam ter descoberto a tempo o que verdadeiramente nos faz feliz...


Pessoas seriam realmente vuneravelmente carnais??
Pessoas seriam realmente vuneravelmente materiais?


Então,o que me resta é ficar aqui,com as dores alheias que inevitávelmente tomei-as para mim.
Pensando nas perdas e nesse anti-destino e até onde podemos intervir...

A única certeza que tenho é aquela que ainda levo sempre comigo.
Que amar vale à pena,fazer-se sempre lembrado com carinho,cuidar,amar...e amar...e amar...