quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Como se ninguem lesse o que ela escreve...


Como se ninguém soubesse, ela desabafa...


Tem aqueles dias que a dor parece arrancar todas as partes que sobraram depois de tudo...

Tem outros dias que nada parece ter acontecido e ela acredita ter conseguido esquecer coisas que parecem nem existir...

E quando menos se espera tudo volta como num turbilhão...

Quando mais se pede, menos serenidade resta...


Sente doer tanto que a vontade é de gritar...

Incomoda de tal forma que se pudesse arrancar, ela já teria arrancado...


Hoje ela sonhou com tudo... A saudade é um sentimento extremamente cruel... Admitir falhas e fracasso é a parte mais difícil...

Crer que seu esforço realmente não te fez alcançar o que queria, é uma barra... Sensação de impotência e vazio...!

Uma raiva de si mesmo que não se sabe de onde vem... Só se sabe que existe... Sair atropelando os sentimentos, crendo que tudo vai passar rápido é besteira. Não há como não aceitar e esperar esse momento passar...


Às vezes as coisas precisa de um tempo...

Muito tempo...

Todo tempo...

Qualquer tempo...

Nenhum tempo...

Simplesmente tempo...

Há dias e dias...


Hoje é um dia...

Como aquele dia...

Como o pior dia...

Como o tal dia...

Como tem sido todos os dias que se escondem nas mascara que foram inventadas...


Como se ninguém lesse o que ela escreve...


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(Doze de (des)gosto de dois mil e sete.)