segunda-feira, 6 de agosto de 2007

DIREITO DE RESPOSTA

(carta-aberta para mostrar o que sentiu meu coração ou: tentando entender porquê ele me devolveu o Flopito )



Concordo com você. Quando quero dizer algo importante, prefiro escrever. Não sei porquê.
(Ou sei). Palavras impressas têm o dom de explicar melhor. No seu caso, também tem o dom de seduzir. A mim. Confesso que reli sua carta um milhão de vezes. Lindo você. Seu coração estava ali. No envelope. Quando abri, te li. Te senti. Entendi. Fico orgulhosa de te ter na minha vida.

Não estamos juntos como manda o figurino. E bem sei. Isso te incomoda. Mas o que vivemos juntos nos fez (tanto eu, quanto você) rever nossas vidas.

Colocar os pingos nos is...

Capturar os sonhos que ficaram esquecidos.

Admiro você. Achei lindo o que você me disse um dia: quando eu falava em escrever, meus olhos brilhavam de uma forma que não existia. Juro. Não acreditei. Você me viu no meio de toda a minha confusão. E - sem querer - como se fosse a coisa mais óbvia do mundo - completou: "você se sente feliz quando faz alguém sentir emoção. Seja escrevendo. Seja maquiando. Seja vivendo."

Sei que nessa hora te olhei sem acreditar.Meus pensamentos soltos, decifrados por você. Adorei! (E te agradeço pela sensibilidade). Talvez você não saiba (ou sabe?). Você me trouxe de volta. Pra mim. Para as minhas palavras. Para os meus sonhos-cinderela. Até gostar de cozinhar , eu gostei (o que não significa que os resultados sejam satisfatórios). Mas insisto em dizer: você encanta. A todos. Com sua gentileza. Sua doçura. Seu salmão com alcaparras. Seu abraço bom. A verdade é que eu estava sentindo que alguma coisa não estava bem. E não era uma coisinha à toa. Não. Era um sentimento maior que nós dois. Maior que beijar na boca e tomar vinho no tapete da sala. Era você. Você, que no meio dos seus cachorros(e das minhas loucuras do dia a dia), percebeu que a hora de mudar é sempre agora. (Não foi?).

E sentiu que a mudança era sua. E que todas as respostas estavam ali: dentro de você. (Sou da opinião que o recolhimento para dentro de nós mesmos é o remédio mais amargo para um dia-seguinte feliz).

Bom, não sei o que dizer. Suas palavras me fizeram enxergar seus olhos de uma forma diferente. Desculpe a falha. Talvez você esperasse mais de mim. Você sabe que eu tenho uma necessidade básica, tão importante quanto respirar: ficar sozinha agora.

Imaginei que fosse bom pra você. Deveria ter perguntado, eu sei. Mas sempre que o assunto era você, você se fechava. Desviava a conversa. Falava que era coisa sua, sem importância. Eu insistia: se eu te conto minhas bobagens, me conte as suas. Por isso te dei espaço. Queria você com a alma livre para se reencontrar. Sei que você deve estar pensando que eu estou com uns parafusos a menos: escrever uma carta-resposta em pleno mundo virtual! Logo eu, que sempre digo verdades nas entrelinhas. Concordo. E me desafio: você me surpreendeu com suas inversões e frases curtas. Eu apertei "publicar"e agora ficamos assim: empatados. (Aposto que você está rindo agora. Acertei?). Nunca se esqueça que eu aprendi a gostar de Mombojo com você. E você aprendeu a gostar de Clarice comigo. (Amor é um jogo que para ganhar, é preciso ter empate. Estou certa?). Mas voltando: você se lembra daquele dia - que te dei meu coração? Pois é. Você me devolveu no envelope. Quando abri, lá estava: meu coração perfumado. Suas palavras bonitas. E o Flopito.





Ps.: Poxa, O FLOPITO?



Ps2: Agora falando sério...
E se a gente bate palmas no final do dia por alguma coisa boa que fez...

Os aplausos são seus, por tudo o que você é e faz!



Adoro você...na nossa forma e essência.









"Não tema...esse é o reino da alegria...!"