Não sei ao certo se eu nasci não cabendo na vida ou se é a vida, a minha, cheia de realidades inventadas, que por ser maior do que a vida em si não (me) cabe.
A minha imaginação sempre me excede. As vezes não sei se existo.
Vivo procurando brechas por onde eu possa escapar-me.
Nunca escapo.
Vivo procurando meios para esconder-me.
Nem sempre escondo.
Vez ou outra a minha pressa e o meu não caber me tira da rota.
E então eu realmente não caibo nem entendo como consigo sentir tão distante aquilo que está tão perto.
Eu vou tentar inventar realidades menos imagináveis...
*