[porque ele veio com uma válvula de preenchimento automático]
[ou: carta para alguém (de) presente na minha vida]
Ei,
Eu tenho procurado frases que possam completar um texto pra que eu te ofereça.
Eu não encontro...
Eu poderia falar das músicas que você manda pra mim (linda demais!) e de como meus ouvidos adoram ser silenciados por elas.
Poderia falar da minha vontade de ter um gravador pra poder escutar mil vezes cada palavrinha que sai da tua boca e do tanto que ela, a tua boca, em junção com tudo aquilo que faz parte de ti e do mundo que é teu (e que agora eu faço parte), me faz querer te beijar toda hora.
POderia falar dos meus sentidos qndo escuto tua voz mansa...
Eu poderia falar do tanto que eu gosto do tanto que você me admira em coisas que repudio em mim e de como às vezes eu tenho raiva de ti porque em alguns momentos você parece me admirar mais que eu mesma.
Ah vai...! Eu tenho milhões de motivos pra fazer uma junção de infinitas palavras e escrever algo de efeito que faça algum sentido pra gente, porque a nossa historia torta que começou diferente de tudo que a gente já viveu, já tem material suficiente pra virar uma balada de jazz ou blues...ou um reggae(no estilo que a gente mais gosta), um filme bom no escuro do cinema, um livro...
Só que eu não sei escrever nada disso. Eu penso em você e minhas palavras calam pra eu poder pensar outras tantas vezes e ouvir tua voz bem perto.
Eu sou uma tonta mesmo. Sem negociação.
Já te gosto muito.
[estranho seria se eu não me apaixonasse por você...]
“Sei que fico um tanto ridículo falando nesse tom, mas não consigo evita-lo: quando se quer explicar o inexplicável sempre se fica um pouco piegas”
– caio fernando abreu -
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