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Ela olhava pra ele com decepção, tentava se enganar.
Ele sabia que ela lia seus pensamentos e compreendia cada olhar.
Ele talvez não conhecesse os delas, mas isso naquele momento não era de grande valia.
Ele talvez pensaria que era invasão de privacidade ouvir as palavras de seu íntimo, mas ela não podia evitar...(e também não queria sentir dor.)
Naquela alma estavam depositadas todas as suas esperanças, as suas confiança, a sua serenidade...e a sua cegueira talvez.
E naquele instante, paradas sobre lâmpadas circulares a profecia começava a se concretizar.
E doía, como doía. Mas não queria sentir pena...
A esperança esquivava-se entre portas de pesadelos e chamadas hostis, mas ele incessante aparava-se sobre um fio de luz, ainda...Sobre meias verdades...e nas fraquezas alheias.
Seríamos nós os donos do nosso próprio destino? Será que ela poderia mudar algo que já estava predestinado? A culpa seria toda dela? Já que foi ela quem decidiu fechar os olhos para sonhar?
Ouvia vozes para calar, para isolar, para ir embora e não olhar pra tras,para ignorar os fatos...
Não podiam ser ditos, não podiam ser esclarecidos de forma que poderia ser mudada toda uma história, mas a vontade de agir compulsivamente mais uma vez era maior que ela ,em vista que não era só ele que eu iria perder, ela também...
E as cenas passavam na sua cabeça, rodavam e uma lágrima queria escoar pela face, pelo medo... pela decepção com o destino. Ela de maneira cética e ilógica fingia um certo descaso pelo que lhe aterrorizava e lhe fazia sentir como se não existisse.
Aquela alma ali na sua frente houvera aparado as suas lágrimas, compartilhado seus sorrisos, a conhecia profundamente, mas não enxergava o desespero dos seus olhos semi-cerrados que ela não permitia que escoasse a água da derrota...em ver tudo se desmoronando.
Ele não entendeu seu olhar...Não percebeu que pensou alto demais e era impossível não ouvir, ele tentava lhe enganar, tentava... Sua boca dizia palavras desorientadas, palavras desastradas. Mas o seu íntimo expunha a sinceridade que ele receava dizer. Como se ela não fosse ouvir, como se ela não o conhecesse mais do que a ela mesma.
Provavelmente ele não acreditava totalmente no seu ler. No seu ler, no seu dom que às vezes era falho, mas em suma maioria era certo. E ela lia, ouvia as palavras que ele não disse e que aquelas lâmpadas circulares iluminavam, esclareciam, transpareciam. Mostravam-se impiedosas, egoístas e auto-suficientes. Ressaltando a ingenuidade e a inocência que ainda restavam dentro dela.
Ela não acreditava na sua malícia, ou melhor, não queria descobrir que ela exista, mas existia. Infelizmente. A água não escoava pelos olhos, mas sim pelo coração, que ele não enxergava e se for o caso, ela que não deixou as enxergar...
E era apenas o começo do destino.
A profecia se cumpria.
Era apenas o princípio...
... do fim?
Era apenas o fim...
...do princípio?
Quem saberá?
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Acreditem em seus instintos, em seus dons.
Eles realmente existem
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[A foto é em homenagem a personagem Alice do filme Closer-Perto demais.Ela se pergunta em meio a uma lágrima que cai:
"Why isn’t love enough?"
Tavez assim como eu,ela ainda não encontrou a resposta...].
NAMASTÊ*