quinta-feira, 23 de outubro de 2008

.: Das músicas que falam do momento presente capítulo XXVIII:

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" Não me torture,não simule...não me cure de você.
Deixa o amanhã dizer..."





[E quando vem alguém e nos ensina sem saber:
"Respire...respire antes de tudo."



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segunda-feira, 20 de outubro de 2008

.: + 1 Prosa...


-Vai passar, confia em mim, sempre passa...pequena borboleta...

-Você não entende,minha menina... Não é um corte no dedo, uma queimadura na mão, não é uma dor de cabeça, não é...

-Sim, eu sei, eu sei, eu sei, é um corte mais profundo, vai cicatrizar ...mas pra isso é preciso se ocupar pra fora.

-Mas se eu ficar pra fora vai cicatrizar por dentro?

-Curiosamente sim, enquanto você fica ocupando o lado de fora, vai fortalecendo o lado de dentro.

-Ah, será? Não demora muito mais pra passar?

-Não...Ah, se eu pudesse te fazer entender... Você vai vivendo, se ocupando, arrumando as coisas aqui e ali e o corte vai se acalmando, cicatrizando, fechando um ciclo.

-E se não fechar,minha menina?

-Fecha sim... e depois, a felicidade nem sempre está onde a gente acha que deve...

-Você tá falando de felicidade?

-Então... Investe tempo e energia em outras coisas, a felicidade também está...

-Humm...

-Que foi?

-Você não entende...você não entende.







[Foram tantas Luas cheias celebradas e compartilhadas...mas dessa vez não houve "tempo"...
Não há o que temer...aconteça o que acontecer...ela sempre estará lá para mim...iluminada e forte...apenas esperando mais uma vez ser contemplada...e sempre lembrará como eu fazia pra ser feliz...]


"Eu tive tanto amor um dia..."

terça-feira, 14 de outubro de 2008

.: Profecia :.

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Ela olhava pra ele com decepção, tentava se enganar.
Ele sabia que ela lia seus pensamentos e compreendia cada olhar.
Ele talvez não conhecesse os delas, mas isso naquele momento não era de grande valia.
Ele talvez pensaria que era invasão de privacidade ouvir as palavras de seu íntimo, mas ela não podia evitar...(e também não queria sentir dor.)
Naquela alma estavam depositadas todas as suas esperanças, as suas confiança, a sua serenidade...e a sua cegueira talvez.
E naquele instante, paradas sobre lâmpadas circulares a profecia começava a se concretizar.

E doía, como doía. Mas não queria sentir pena...
A esperança esquivava-se entre portas de pesadelos e chamadas hostis, mas ele incessante aparava-se sobre um fio de luz, ainda...Sobre meias verdades...e nas fraquezas alheias.

Seríamos nós os donos do nosso próprio destino? Será que ela poderia mudar algo que já estava predestinado? A culpa seria toda dela? Já que foi ela quem decidiu fechar os olhos para sonhar?

Ouvia vozes para calar, para isolar, para ir embora e não olhar pra tras,para ignorar os fatos...
Não podiam ser ditos, não podiam ser esclarecidos de forma que poderia ser mudada toda uma história, mas a vontade de agir compulsivamente mais uma vez era maior que ela ,em vista que não era só ele que eu iria perder, ela também...
E as cenas passavam na sua cabeça, rodavam e uma lágrima queria escoar pela face, pelo medo... pela decepção com o destino. Ela de maneira cética e ilógica fingia um certo descaso pelo que lhe aterrorizava e lhe fazia sentir como se não existisse.

Aquela alma ali na sua frente houvera aparado as suas lágrimas, compartilhado seus sorrisos, a conhecia profundamente, mas não enxergava o desespero dos seus olhos semi-cerrados que ela não permitia que escoasse a água da derrota...em ver tudo se desmoronando.


Ele não entendeu seu olhar...Não percebeu que pensou alto demais e era impossível não ouvir, ele tentava lhe enganar, tentava... Sua boca dizia palavras desorientadas, palavras desastradas. Mas o seu íntimo expunha a sinceridade que ele receava dizer. Como se ela não fosse ouvir, como se ela não o conhecesse mais do que a ela mesma.
Provavelmente ele não acreditava totalmente no seu ler. No seu ler, no seu dom que às vezes era falho, mas em suma maioria era certo. E ela lia, ouvia as palavras que ele não disse e que aquelas lâmpadas circulares iluminavam, esclareciam, transpareciam. Mostravam-se impiedosas, egoístas e auto-suficientes. Ressaltando a ingenuidade e a inocência que ainda restavam dentro dela.
Ela não acreditava na sua malícia, ou melhor, não queria descobrir que ela exista, mas existia. Infelizmente. A água não escoava pelos olhos, mas sim pelo coração, que ele não enxergava e se for o caso, ela que não deixou as enxergar...


E era apenas o começo do destino.
A profecia se cumpria.
Era apenas o princípio...
... do fim?
Era apenas o fim...
...do princípio?

Quem saberá?


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Acreditem em seus instintos, em seus dons.
Eles realmente existem

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[A foto é em homenagem a personagem Alice do filme Closer-Perto demais.Ela se pergunta em meio a uma lágrima que cai:

"Why isn’t love enough?"

Tavez assim como eu,ela ainda não encontrou a resposta...]



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NAMASTÊ




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.:Tarefa de CaSa:. ( e de fora dela também)


Livrar-me dos meus velórios sentimentais.
Que tudo seja vivo.
Seja vida. Seja inteiro.
Hoje eu decidi não matar.
Matar é também morrer um pouquinho.
Morrer não dói, dizem... mas cansa.

Não são essas as flores que preciso...









[Das coisas que te passam se anda está(s) vivo:
Por que mesmo depois de tudo, do tanto, do tempo, a gente insiste em permanecer nessa ilusão de eterno???]




"Eu só sei que amei...que amei...que amei..."
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sábado, 11 de outubro de 2008

.: Busca Vida:.


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Vou sair pra ver o céu
Vou me perder entre as estrelas
Ver daonde nasce o sol
Como se guiam os cometas pelo espaço
e os meus passos
Nunca mais serão iguais

Se for mais veloz que a luz
Então escapo da tristeza
Deixo toda a dor pra trás
Perdida num planeta abandonado
Pelo espaço

E volto sem olhar pra trás


No escuro do céu
Mais longe que o sol

Perdido num planeta abandonado
No espaço

Ele ganhou dinheiro
Ele assinou contratos
E comprou um terno
Trocou o carro
E desaprendeu
A caminhar no céu
E foi o princípio do fim.

E volto sem olhar pra trás...





-HEBERTH VIANA-


-Porque choras, borboleta pequenina?

-Nao vês,querida menina...nao há mais o doce canto do passaro a encantar-me quando fecho os olhos...

-Mas ele ainda está la,nao estás?

-Sim...está sim...bem do lado de dentro.

-E entao pequena borboleta?

-Mas agora...ele parece ferir feito farpa...

-E nao basta apenas amar o amor?

-Nao quando lhe damos um ninho e ainda assim ele quer voar...

-Entao porque ainda choras,pequena borboleta...esqueceste dos teus longos caminhos pecorridos para aprender abandonar o casulo qndo as asas necessitarem voar?

-Elas estao sem forças agora...

-Nao...elas ainda estao la...com suas cores e levezas.Basta apenas q as enxerguem.

-Voce nao entende querida menina...o céu é o mesmo...e as lembrancas vao comigo onde eu for...

-O teu céu é dentro de ti mesma...borboleta pequenina.Olha pra dentro de ti...e vc ainda verás como fazias para ser feliz...






''Quero a tua força como era antes...''




[Tudo que ela precisa é de um Tylenol para a dor de cabeca...
Porque a dor do coraçao...ele mesmo cessa...]
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quarta-feira, 1 de outubro de 2008

.: Há de haver:.



É preciso ainda que haja aquela leveza...
E aos poucos,o corpo se afastará do chão e flutuará livre...novamente por aí.

E se ainda houver a paciência e compreensão (num limite que eu não sei estabelecer),o medo se dissolverá....

E aí novamente haverá uma entrega inconsciente.E desejada.

É preciso que haja uma noção muito grande de quem se é...e do que se quer...para saber o quanto vale a pena estar.

Por que pode parecer que não seja totalmente bom e o costume nos acostumes.

As futilidades e as supérfulas podem embaçar a visão.

Por isso é preciso delicadeza diárias.E grande sorrisos.

Força simultânea.

É preciso que haja sempre novidades. Estímulos para acordar.

E cumplicidade para, ao menos,aceitarmos o que não nos é próprio.E o que não pode ser agora(se realmente queremos).

E liberdade para ir e poder voltar ...viver por viver...sem grande questionamentos.

Estar quando nos convir estar.

E se houver todas essas coisas,sempre haverá o colo para quando o nosso mundo se mostrar insustentável.

E se lá você ainda estiver...poderá ver que ainda que distante...eu nunca estive fora de lá.





[Quem sabe você também esteja...e eu ainda tenha força pra nos sustentar em minhas mãos...]