terça-feira, 3 de novembro de 2009

Tudo de novo



[Mas nada de novo]


Aquele peito contido num vazio tão conhecido

O silêncio torto,reticências mudas
dos meus versos inacabados.

Lágrima que se mistura no trago do meu cigarro
num olhar agora atravessado.

Impressão minha ou dormíamos de mãos dadas?
Você estava ali,não estava?

De nós restou apenas essa coragem covarde
De seres demasiadamente humanos.

Mas porque não ouviu meus pensamentos enquanto eu dizia:
"Vai...vai que eu vou atras sem largar tua mão..."

Há tanta ansiedade no tempo de esperas.
A esperança parecia tão precisa,de repente,escorreu entre os dedos...

É como querer aprisionar o vácuo.
O tempo dita as regras e a vida precisa seguir seu curso.
Tudo o que invadiu a retina e o coração causaram efeitos.
Não sairamos inteiros.
Não há como!

Há um tudo certo e nada combinado com sensação de eternidade.
É tão delicado andar sobre linhas finas,quando se insiste em brincar de equilibrista.



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["Como um refrão de bolero,eu fui sincero como não se pode ser..."]
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