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Ao chegar ao portão, ele pediu desculpa por tudo. Desculpa por ama-la. Por toda a intimidade e por não deixa-la seguir sozinha,como ele escolheu.
Mas para ela,tudo que existia se esvaiu...
Talvez eles tenham ido completamente junto com o nó da garganta e as lágrimas que desmoronaram assim que ela rodou a chave.
Não quis fazê-lo na sua frente para que não pensasse nada ou achasse que quisesse manipular a situação.
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(...)
- Você não se importa com tantos sonhos impossíveis?
- Você não se importa de ser tão amargo?
- Eu perguntei primeiro!
-Isso não é um jogo.
-Você sempre foge.
-Assim como você. A diferença é que eu sonho.E não, não me importo com impossibilidades.
- Eu me importo.
- Eu sei, você se importa com tudo.
- Isso não é verdade. Eu não me importo com você.
-Você é quem pensa.
-Eu acho que você acha demais.
-Vê?
- Você se importa sempre de ter razão.Eu só queria saber porque diabos isso significa tanto pra você.
- É por isso que eu não me importo com o fato de sonhar impossibilidades.
- Me perdoa?
- Não.
- Por que?
- Primeiro preciso perdoar a mim mesma. Ninguém erra sozinha.
- Mas quem errou fui eu. Me desculpa?
- Eu que errei quando segurei a sua mão mais uma vez.
(..) e virou-se.
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[Lado a lado, o ar sujo da cidade percorreu o interior dos dois corpos distintos. E se libertou.]