sábado, 3 de julho de 2010

.:. InebriAÇÕES .:.

(...)

E ainda que essa coisa, o amor, fosse complicada demais para compreender e detalhar nas maneiras tortuosas como acontece, naquele momento em que acontecia ,era simples. Boa, fácil, assim era. Ela gostava de estar com ele, ele gostava de estar com ela. Isso era tudo.

Dormiam juntos, porque era bom para um e para outro estarem assim juntos, naquele outro espaço. Não vinha nada de fora, nem ninguém. Deitada nua no ombro também nu dele, não havia fatos. Dormiam juntos, apenas. Isso era limpo e nítido naquela noite.

Como um astronauta prestes a desembarcar veria a face da lua, mal reconhecendo o Mar da Serenidade perdido em poeira cinza, assim ela o via naquela proximidade excessiva, quase inumana de tão próxima. Fechasse os olhos — mas não os fecharia, pois já estava dormindo.

E de olhos abertos, embora fechados, pois sonhava, protegia-o, protegiam- se no meio da noite. Tão simples, tão claro. E de alguma forma inequívoca, para sempre.


Talvez ele tivesse passado um dos braços em torno da cintura dela, quem sabe ela houvesse deitado uma das mãos sobre o ombro dele, erguendo os dedos até que tocassem no lóbulo de sua orelha. Em todos os dias que se seguiram à noite daquele sonho, e foram muitos, honestamente não saberia localizar outros detalhes. Pois enquanto dormia, naquela noite, tudo era só e apenasmente isso: dormiam juntos.


No centro da noite, no meio do sonho, no outro espaço.

C.F.A.



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[Silenciosamente ficou a abserva-lo enquanto
tomava o seu banho.
Ombros largos,braços fortes,
corpo devidamente em forma e
dono de uma mente fascinante.
Ele sorriu,abraçou fortemente ao peito
e a beijou docemente e levemente.
E ali,inebriada de sensações,descobriu que
não tem medo de amar...
tem medo de ser amada...]