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E então eu me calei...
Não como os covardes que se calam por lhes faltar argumento.
(...) Mas não chorei !Não ... Não ...
(mentira!eu chorei...!)
Mas calei como se cala uma criança pequena.
Me calei devagar, pensei e pensei ...
(...) Não foi um silêncio agressivo.
Foi pura vontade de fechar todas as portas e apagar todas as luzes...
Jogar fora as chaves ...
Espantar os pássaros do telhado.
Tudo culpa do meu desconsolo.
(Acho que não quero falar disso também.)
Por um instante eu quis gritar.!
Alto !
Acordar os preguiçosos, gritar até adormecer.
Talvez dormindo eu encontre abrigo.
Um abrigo em meio à cobertores e a desordem de sonhos interrompidos.
[Noites tão frias não deveriam existir quando a chama insiste em apagar ...]
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