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Um tal, não. O tal. Fiz uma viagem completamente "epidérmica" por sua obra.
Li trechos, textos, citações e de repente me vi submersa, tal a sua intensidade.
Fico-me devendo buscar a íntegra, compor a prateleira das leituras em mim com ele.
Acho que é isso que faz dos bons escritores imortais: a sua intimidade com os sentimentos dos mortais. De tal forma ampla, com tudo tão sob controle, que transcendem.
Entendem-se e portanto se fazem entender.
Estão despidos e despem.
[Não é difícil sentir-se nua diante da literatura e questionar: "Por que esse cara tá falando de mim?"]
"Menos pela cicatriz deixada, uma ferida antiga mede-se mais exatamente pela dor que provocou, e para sempre perdeu-se no momento em que cessou de doer, embora lateje louca nos dias de chuva".
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