sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

"Deixe a porta aberta quando for saindo..."



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Percebeu que estava com vontade de chorar.
E então ela chorou.
Ela a que não podia ter chorado,chorou...mostrando a todos o quanto ainda era fraca.
Mas foi um choro contido...que ficou por dentro...
Mas ainda assim,chorou...
Chorou como uma criança quando constroi o seu castelo de areia e vem o mar e derruba tudo...
Sentia o vento carregado de sal e água.
(Como aquela água salgada que costumava molhar seus papéis, suas frases)
Batia forte no rosto fazendo perder o fôlego, como quando tua roupa desabotoava assim distraidamente só dela te olhar.
O mar balança, o vento chicoteia quem vai na frente, ela na frente peito aberto, o frio que corta, a água que molha, o barco balança, ela balança quando pensa em ti.
E no meio daquele mar ela ficou tão pequena, e a dor pareceu dissolver em meio de tanta onda, e nada resta senão fechar os olhos e sentir, o mar, o vento, o sal, você...(distante,um dia.)

Mas a dor era só dela.
[E era esse o motivo do silêncio.]







[Te odiei por quase um segundo.]

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Saudade de casa(reticências)