-Podes dizer-me, por favor, que caminho devo seguir para sair daqui?
-Isso depende muito de para onde queres ir - respondeu o gato.
-Preocupa-me pouco aonde ir - disse Alice.
-Nesse caso, pouco importa o caminho que sigas - replicou o gato.
(Lewis Carroll -Alice no País das Maravilhas)
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[O Gato de Carroll mostra-se para a menina como um companheiro nos momentos em que ela precisa de uma resposta sobre o que fazer.
E é um dos poucos personagens com quem ela consegue manter um diálogo mais brando e também o único que a explica o porquê de determinadas coisas...
É ele, por exemplo, quem diz a Alice que todos, naquela terra são loucos e que o motivo dela estar lá seria porque, provavelmente, teria sua própria dose de loucura.
Ele é a criatura sábia que conduz e aconselha Alice em sua aventura, como se fosse uma consciência figurativa.
E é ainda tipo um pensamento científico da narrativa porque comprova o que fala, embora mantenha sempre sempre uma linha tênue entre a genialidade e a loucura...
Hoje dei comigo a sentir-me esta Alice. E, claro, o gato tem imensa razão...]
("- ... desde que eu chegue a algum lado, acrescentou Alice a título de explicação.
- Oh, certamente que hás-de chegar, disse o gato, desde que caminhes o suficiente.")
- Oh, certamente que hás-de chegar, disse o gato, desde que caminhes o suficiente.")
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