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Já não te posso exigir
Que me deixe por aqui, na minha quina.
Fez-me tão sua
Que perdi meu endereço...
Já não te posso exigir
Que me deixe por aqui, na minha quina.
Fez-me tão sua
Que perdi meu endereço...
É tarde, sim.
Vicie-me nesta leveza de deitar em seu peito,
Inclinada sobre as tuas frases,
Pousada no silêncio da tua respiração...
E detenho-me em lembranças
Das tuas minuciosas histórias,
Dos teus beijos insistentes,
Das tuas mãos irrepetíveis...
E teus olhos...
Fizeste do presente
Esta mina de sensações
Que reluz diante da consciente vontade de ti.
Não é que a vida doa quando há ausência,
É que ela se faz mar com tua presença...
E já não compreendo como o céu pode ser tão azul se você demora,
Ou a noite tão estrelada se você se esconde.
Devo-te a sabedoria da partilha pura do desejo.
Devo-te o conhecimento da menina oculta...
Devo-te a construção da ponte sobre o buraco da nossa distância...
Devo-te o conhecimento da menina oculta...
Devo-te a construção da ponte sobre o buraco da nossa distância...
E porque ainda não te sei,
Ouve-me:
Não me deixe desaparecer...
Não desapareça.
Ouve-me:
Não me deixe desaparecer...
Não desapareça.
*