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Está vedado o direito de sentir saudade nas noites de desalento.
[Pois já não é mais teus os pensamentos do amanhecer e da aurora.]
Eu te proibo pronunciar meu nome quando a dor aperta e a falta sufoca.
[Porque agora é a tua ausência que me completam os pulmões.]
Te proibo de me recorrer quando eu vagar pelas tuas lembranças santas e insanas.
[Porque eu já desfiz as malas e encaixotei os planos numa caixa com fitas isolantes.]
Não permito que a voz ao telefone seja qualquer conforto que queira encontrar.
[Porque o meu silencio fala mais alto do que tuas palavras de promessas não cumpridas.]
Não espere que me encontres nos sorrisos de paz...nas manhãs de domingo...e nas tardes de Sol claro quando as nuvens brincam de decorar o céu.
[É que a minha primavera ainda tem a sintonia que renovam as verdadeiras cores.]
Está proibido também nas pequenas coisas... num café amargo...uma rede na varanda...uma sala de embarque...uma flor de papel...telefonemas mudos...um cigarro a dois.
[Os sonhos que me deste, foram desfeitos quando eu não mais podia fechar meus olhos para sonhar.]
Está proibido desde o momento instante, encostar tua vida na minha...e cruzar teus passos aos caminhos dos meus.
[Por vc...eu aprendi a dançar errado...só para não pisar em teus pés.]
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"...Nem vou lhe cobrar pelo seu estrago...Meu peito tão dilacerado..."[Ahhh...Chico Buarque...!]*