terça-feira, 22 de dezembro de 2009

::ErrôNeA ::

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No início pensava que me protegia de ti.

Pensava que eu, à sua semelhança, nunca saberias preencher-te.

Detestava quando me olhavas nos olhos e me dizias que estava a mentir.

Que te mentia sempre que te dizias que não me pertencia.

Detesta quando não podia te ferir com palavras, porque já as conhecias bem demais.

Detestava saber que estava à tua mercê e que apenas tu não o reconhecia.

Odiava sobretudo saber que poderia amar-te mais do que estava disposto.

E agora, entrego-te...despida de passados e futuros que não te pertencem.

A ti concedia a nudez do presente e era a ti que lhe pedias que me guardasse em suas mãos e a levasse contigo.

Venda os olhos se fores capaz e reconhece-me.Porque nossos corpos transcendem vontades e desejos...e trocam todas as palavras no silêncio.

Vem que a suas eternidades podem ser hoje e não mais.

Vem beber das minhas mãos a entrega que negou.

Não me ame sem que eu te peça.



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"Não dá pé não tem pé nem cabeça

não tem ninguém que mereça
não tem coração que esqueça


não tem jeito mesmo
não tem dó no peito


não tem nem talvez ter feito
o que você me fez desapareça


cresça e desapareça


Não tem dó no peito

não tem jeito

não tem ninguém que mereça


não tem coração que esqueça

não tem pé não tem cabeça

não dá pé não é direito

não foi nada, eu não fiz nada disso

e você fez um bicho de sete cabeças...."




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["Não tem jeito mesmo
não tem dó no peito
não tem nem talvez ter feito..."]


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