domingo, 11 de abril de 2010

Do que eu não te falei...



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Covarde!E isso tudo não passa de uma grande covardia.

Todo esse medo, toda essa luta vã de esconder-se, enquanto procura o que não existe naquilo que imagina já ter encontrado.
É uma grande covardia correr em círculos naquilo que já conhece, no que não há saída, tampouco direção.

É algo covarde apostar em perder algo que já o teve, por julgar conhecer a dor, por acreditar que se supera mais fácil perder o que já foi perdido, acreditar que "fazer o certo" agora seja uma maneira de se apagar cicatrizes incuráveis...que se ameniza uma dor...que se apaga o arrependimento.

É mais covarde ainda escolher a dedo um coração fechado, procurar no pior motivos para não sentir a culpa da incapacidade de acreditar no amor, de imaginar que sofre menos quando se fizer acreditar que foi perdido, e não, que o perdeu.

Uma grande covardia é mentir a si mesmo e acreditar que não mereça algo melhor, que não se é capaz de corresponder a algo verdadeiro.

Pensar que todas as pessoas são covardemente iguais, que tudo se resume a um estúpido ciclo doentio, com as mesmas dores.

É a covardia mais estúpida privar um sentimento pensando em sofrimento, mentido a si mesmo, já sofrendo por não conseguir esconder-se dele, encontrando-se sem coragem de encará-lo.

É uma grande hipocrisia condenar-se a ser sozinho de mãos dadas com a covardia, olhando-se no espelho repetindo "Oi" a uma estranha.


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["Favor alguém me dê um coração.
Que esse já não bate nem apanha...
Por favor,uma emoção pequena.
Qualquer coisa que se sinta!
Tem tantos sentimentos,deve tera algum que sirva..."]
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