domingo, 13 de junho de 2010

:: MaNuaL :






Eu sei que nesse universo todo há as aparências.E são elas as que mais confundem...mais simulam.
E agora voltei pra casa confusa.Com você na minha cabeça e apenas teu nome eu sei.
Quando o quis tê-lo nas minhas mãos, pensei que vc desejaria está em outra.
E quando eu estava em outras mãos, soube que era você quem estava nas minhas.
Mas elas estavam atadas.E eu queria as tuas.
Nas minhas mãos desorientadas que não te perceberam...estas mesmas mãos que você enxergou e eu apenas tropecei em mim mesma deixando-te ir embora.
São essas mãos que voltaram pra casa com outro cheiro,mas desejando que fosse o teu.Com essa mão eu tapei a cara pra não me ver borrada ao espelho do banheiro,escutando ainda a tua voz dizendo: “era você quem eu queria pra mim”.
São essas mesma mãos que vos escreve agora.Essas mesma mãos que descobriu teu número e discou sem ensaiar nada pra te dizer...(e o que eu diria,Deus meu?)
Essas mãos calejadas que agiram feito uma adolescente...com pressa,descuido e desatenção.
Essas mãos que irão dormir hoje feito ontem...com essa vontade...com essa curiosidade de sentir as tuas bem próximas as minhas ...sem esse medo infantil de ter pequenas coragens.
Apenas com esse medo de ferir tocando...e tateando agora antes de ter.





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“Quando eu olhar a noite enorme do Equador,
pensarei se tudo isso foi um encontro ou uma despedida.
-E que uma palavra ou um gesto, seu ou meu,
seria suficiente para modificar nossos roteiros.

(Silêncio)

-Mas não seria natural.
-Natural é as pessoas se encontrarem e se perderem.
-Natural é encontrar. Natural é perder.”
C.F.A.
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[ Pedi ao vento pra trazer você pra mim...]