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Eu queria chegar ao ponto de não precisar escrever. Aí deixaria um post totalmente em branco onde cada um pudesse encher com seus próprios desejos. Mas há urgência em mim. Eu preciso sentir, tocar, ouvir. Eu preciso conhecer. Eu preciso de certezas, dores e grandes alegrias. Ando escrevendo com muita rapidez. É preciso desconfiar disso. Sei que as palavras são minha terapia. Será que terei alta um dia? Meu final de semana me rendeu muitos risos, beijos e um coração vazio. Ao dizer vazio, não pensem que estou triste. Estou apenas sendo sincera. Nem tudo que é vazio é necessariamente ruim. E estou vendo com clareza o vazio. Será que entendo aquilo que vejo? Ganhei de presente um buquê de rosas coloridas, uma mensagem não respondida, uma dúvida, uma certa indignação comigo mesma. Ando me contentando com pouco e isso pode não ser bom. Lembro que um amigo me disse que não posso ligar a idéia de felicidade à dificuldade. Eu complico a vida por sentir culpa de ser feliz. Será? Tenho que parar de me analisar. Dá uma dor danada enxergar a verdade. Tenho que me perdoar também. Li em algum lugar que culpa abafa o coração. Achei a idéia horrível. Melhor deixar o coração respirar. Melhor aceitar que a gente deve ser egoísta e gostar de quem gosta da gente. Ando trabalhando nisso. Acho que até o final do ano eu consigo...
(Será?)
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