quinta-feira, 18 de outubro de 2007



" No dia em que fui mais feliz
Eu vi um avião
Se espelhar no seu olhar até sumir...

De lá pra cá não sei...
Caminho ao longo do canal.

Faço longas cartas pra ninguém...
E o inverno no Leblon é quase glacial.


Há algo que jamais se esclareceu,
Onde foi exatamente que larguei
Naquele dia mesmo
O leão que sempre cavalguei...


Lá mesmo esqueci que o destino
Sempre me quis só...
No deserto sem saudade, sem remorso...só...
Sem amarras, barco embriagado ao mar.


Não sei o que em mim
Só quer me lembrar...
Que um dia o céu
reuniu-se à terra um instante por nós dois,
pouco antes do ocidente se assombrar.

No dia em que fui mais feliz
Eu vi um avião
Se espelhar no seu olhar até sumir..."





[...]


Quando a gente pensa muito em alguém, as palavras saem distorcidas.
Isso mesmo, elas derretem e deixam na boca um gosto de cheiro.
Sabe quando sua saudade tem cheiro e você pode senti-lo pela boca?
Então, é assim...você tem um gosto que é seu, um gosto que ninguém nunca vai sentir, porque é o SEU gosto pela minha boca, é único...
(Me mata essa vontade de querer tomar você num gole só...)
*