sábado, 10 de novembro de 2007

.AmAdoReS.

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Um destruidor é sempre um destruidor, não é?
Não importa seus paradigmas, se insiste que irá mudar, que tentará ser alguém melhor.

Quem sou eu pra entender a loucura de certas pessoas?

Loucos, são sempre loucos e amadores amam, sem precisar de razões.
E o que mais além de amadores fazem além de amar sem saber o que é isso?
O fazem. E ponto.
Significa que te destruirei?
O que o seu pensar significa?
Quer mentir?
Então vá.
Ou melhor, vou-me.
Minto eu, então.

Como pensas, nessa sua mudez frígida e insone.
Destruidores são destruidores. Por mais que não tenham nascido assim.
E erros não cometidos se tornam falhas humanamente exploráveis. Se me coloco em seu lugar não tiro a sua razão. Mas a razão sempre é irracional se tratando de destruidores.
Apago meu cigarro imaginando que não gostaria de taxar-me assim novamente. E acendo outro enquanto reflete sobre minhas mentiras.
Mentiras que não são minhas decerto. Dê certo.
Daríamos realmente certo? O certo e o errado se confundem numa linha fina e horizontal. E hoje dormirei na cama de baixo.
Abaixo de quem prometi que não mentiria.
Poderia ofender-me?
Talvez.
Mas não vou argumentar o que não posso explicar.
São amadores, meu bem.
E não acredite em mim.
Não quero ter o peso de precisar pedir.
Se quer acreditar, acredite, se não quer, deixe-me logo ir embora.
Apago o outro cigarro enquanto termino esse texto, fecharei a porta e os meus olhos também. Dormirei o sono leve de uma destruidora que acreditava não mais existir, mas ela existe: em você.
A chuva esmaeceu e te ouço dormir.
Uma pena. Uma pena...

Boa noite, é hora da sua mentira dormir.


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