sábado, 27 de março de 2010

.:.Dezenove de março.:.

(de dois mil e alguns)

"Às vezes me lembro dele, sem rancor, sem saudade, sem tristeza.
Sem nenhum sentimento especial a não ser a certeza de que, afinal, o tempo passou.(?)

Nunca mais o vi, depois que fui embora daquela cidade.
Nunca mais te escrevi...
Não havia mesmo o que dizer, ou havia?Sim,sim...eu sei que havia.
Ah, como não sei responder as minhas próprias perguntas! É possível que, no fundo, sempre restem algumas coisas para serem ditas.
É possível também que o afastamento total só aconteça quando não mais restam essas coisas e a gente continua a buscar, a investigar — e principalmente a fingir.
Fingir que encontra.
Acho que, se tornasse a vê-lo, custaria a reconhecê-lo."

C.F.A.
[E mais uma vez dormiu se perguntando:
E se eu te conhecesse agora,será que eu te amaria?]
*