sexta-feira, 26 de junho de 2009
::(pre)Destinado(?)::
quarta-feira, 24 de junho de 2009
::Casualmente Inesperado::
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Qndo se vais...leva qualquer coisa como uma música tocando ao fundo.
Como a chuva caindo de madrugada apagando o seu rastro ainda tão recente...
Qndo estás,traz qualquer coisa como um suspiro inesperadoou uma vontade de dizer o que não se sabe dizer.
Qualquer coisa como sentir junto mesmo qndo distantes.
Fecho os olhos e me vejo nos teus olhos enluarados e me rouba a melhor gargalhada e depois me aperta forte...e me beija num sincretismo suave de desejos.
Qndo se vais...durmo de novo para tentar continuar o sonho.
Qualquer coisa como sentir e não saber o que é ... de onde vem ... onde está ...para onde irá...
Qndo se vais ,o vejo descendo as escadas e julgo isso que cresce dentro de mim e eu não ouso dar nome...inundando pensamentos e alegrias e sonos e sonhos e vontades e quereres ...
E você...
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quarta-feira, 17 de junho de 2009
Porque hoje...é teu dia.
A.,
Mesmo assim, eu quero que saibas isto: és tudo de bom que se pode desejar.
A minha vida corre, tropeça, anda às cambalhotas e, volta e meia, estagna.
Quando olho para a tua, vejo-a sempre igual: sempre diferente na caminhada, ao ritmo do costume. Nada de pressas, nada de exageros e tudo ao mesmo tempo.Sempre imprevisível e de malas prontas.
Não sei se é bom ou se é mau, a mim parece-me... não tanto equilibrado.Mas isto para me fazer ver que, durante todas estas minhas fases, nunca desapareces.
Quando tinha os joelhos sujos de tanto rastejar ou o sorriso iluminado de tantas vezes chegar ao céu, bastava-me olhar para o lado, e estavas sempre por perto.
Pela primeira vez, resolveste esconder-te...e dar-me o xeque-mate.Eu entendo essa dor, a de ter o coração todo embrulhado e com uns quantos nós (quem me dera não ser eu a responsável por tal agonia...). Resta-me compreender, esperar e aceitar as tuas decisões.
Se estivesses mais ao meu alcance, hoje íriamo-nos rir até as estrelas nos caírem nos olhos. Sonhamos tanto com este dia...
Tu dizias que estavas farto de ter de dirigir sempre para todo o lado, enquanto eu ria e metia os braços para fora da janela.
Subíamos e descíamos serras, por estradas desertas, a cantarolar as nossas músicas.
Às vezes, paravas o carro e saímos para ver a paisagem.
Era sempre tão bom...Hoje, apesar de não te ver, sei que estás aí.
Queria ter o teu abraço e poder dizer-te, de sorriso rasgado, que na próxima viagem, já sou eu que levo o carro. Como não posso, vou escrevê-lo na tua parede, e esperar que apareças para ler.
Pode ser presunção minha, mas acredito, o mais forte que sei, que vais acabar por aparecer.
Tu, logo tu... que cheiras tão a verde e a música.
Eu nunca conheci ninguém tão música como tu; sentia que tu oferecias claves de sol às pedras, às árvores, aos candeeiros da rua, às nuvens e ao Sol.
E, por outro lado, bastava dar-te uma caneta para a mão, que pintavas o mundo todo num simples guardanapo.
Saudades que digas 'tu és uma menina, Livinha..', e de esticar o braço e poder alcançar-te.
Poderia enumerar centenas de coisas que me aborrecem em ti, mas seria desnecessário: você,apesar de todos os defeitos, continuo a amar como parte de nós que vagueia por aí.
E tu és aquele que sempre me deixa sem argumentos...e me pega no contra ataque.
Se eu pudesse escolher, entregava esse Amor que me deste a alguém melhor. Fazia-te forte, porque as circunstâncias me ensinaram que a força interior é vital.
Eu pingaria estrelas no teu olho todas as noites,só para ver-te sorrir...
Porque gosto de ti, tão simples como isso, e te quero bem.Sempre...
[Porque hoje é teu dia.Porque tu tens a mim e amanhã tem Sol]
quarta-feira, 10 de junho de 2009
::Tudojunto e Sepa-rado ::
De vez em quando ela resolve parar...
Ensaia os sorrisos do fim de semana, as gargalhadas do meio-dia, mãos quentes, peito frio e deixa o mundo um tanto mais tranqüilo só de vê-la dançar entre as luzes coloridas do fim de noite.
Ela poderia guardar dentro de potes coloridos todas as passagens com destino ao país das maravilhas que ele entregara tantas vezes, deixar tudo trancado e intocável, mas não.
Queria repetir quantas vezes o tempo permitisse. Talvez quisesse repetir um sonho que só ela conhece.
Ela que desconhece o que é ser despedaçada por ele, que reconhece o que é estar desmanchada, toda juntinha e derretida no chão.
A menina visita o mesmo país todos os dias. E lembra de como era ter bonecas pra ser invencível na brincadeira...
Ela adorava os livros mágicos, porque quando virava a página trombava com o final feliz.
Foi só fechar os olhos e realizar o tempo, então o sorriso tímido foi se tornando largo e firme, porque é exatamente assim que as letras sempre pedem que ele permaneça, inabalável...
Ela lê as mesmas bagunças todos os dias, e respira os suspiros de confusão que passaram a fazer parte daquela sensação inexplicável. Uma coisa que não sabe ser nada além de amor. Amor além do convencional, dos que não se explicam com frases feitas. Um desses que por acaso ela nunca tenha experimentado.
De vez em quando ela resolve voltar a sofrer, de vez quem em quando ela resolve virar uma que ainda não existiu, de vez em quando divagar, de vez em quando desistir de ser confusa.
A menina deu um tapa na loucura, sossegou o coração e olhou os potes coloridos de cara feia. Todas as suas angústias foram passear e só vão voltar quando ela tiver dois olhos no caminho, provavelmente encharcados de saudade e soluços...
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[Como vc me doi nas noites de chuvas...]
:: ReTicenciaS ::
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Talvez seja na beira de um sonho que o mundo acaba, eu não sei.
Talvez não acabe e vire coisa diversa, como quando a gente fecha os olhos e descobre uma esquina no canto das pálpebras.É ali que tudo começa mesmo quando termina e cada chance laceia a vida pelos ombros como quem diz “fica, que eu vou cantar pra te fazer dormir enquanto lá fora ainda faz frio, deita aqui”.
Talvez, e só talvez, haja pintado em alto-relevo sobre a palma da nossa mão, um instante onde viver não sangre...e seja leve carregar nas costas cada pequena fome de amor, e aquele destino parado diante do portão de casa, aquele que um dia foi possível, ainda esteja lá à tua espera, e quem sabe à minha espera, em silêncio, deitando os olhos sobre o ruído das palavras caídas sobre o meu tapete.
Eu queria, sim, voltar no tempo e quem sabe cruzar contigo no meio da rua, e te convidar para um café num dia frio e adocicado como aquele do primeiro inverno em que nevou flores...Eu guardo ainda algumas pétalas entre as páginas do livro que nunca escrevi. Eu guardo, ainda, mas é um passo em falso quem me leva para casa, onde fica o nosso lugar...
Eu me lembro e não alcanço mais.
Talvez seja na beirada de um sonho que o mundo acaba; talvez, e só talvez, não acabe e vire coisa diversa e se incorpore no corpo feito cicatriz...
Volátil imprecisão é o destino....
Eu só preciso aconchegar os pés um pouco mais nessa certeza enevoada que saber demais é desvantagem, e quem sabe o mundo não acabe e sim comece quando a gente abre os braços e enfim se atira.
[Eu aprendi a me equilibrar quando perdi as minhas asas.]
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Apesar dos pesares...
Amei do jeito que acreditava ser o mais verdadeiro.
Amei com toda força, com todo o amor que havia, escancaradamente, pra que não sobrasse amor nenhum.
[Amei na frágil esperança de que amar resolve.]
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