terça-feira, 29 de junho de 2010

" E eu entro nesse barco...é só você me pedir."





Não se preocupe,minha amiga.
Sabemos que o caminho é l o n g o, mas também é cheio de novas manhãs.
A gente e s t i c a, arrisca, esmudesce,cresce ...e doi.
Eu sei que doi.

Respira fundo minha amiga...inspira...
Porque é no anoitecer que repousa, em sonhos, a vontade de tudo que se espera amanhecer.

É o novo começando,
ou recomeçando, tanto faz.

(Depende sempre da maneira que se abre as janelas...e que se foca os olhos.)








[Das perguntas que não calam...e gritam:
"Como curar uma dor que não é sua?"
Te desejo uma força que não cabe imaginar
e uma fé que move.]

Estarei sempre ao seu lado.Basta você fechar os olhos...

domingo, 27 de junho de 2010

Tempo!

(e o resto, é só hipótese...)




Parado ali no chão, eu sentia que dentro de mim alguma coisa estava nascendo.Ou pressagiava o que viria também de fora e seria completo, pois são completas as coisas quando acontecem depois de anunciadas por dentro, criando um estado capaz de receber o que virá de fora.

C.F.A.

.


Escolheu o sorriso que mais combinava e brindou:
que a gente saiba sempre voar por cima.
Porque mudar o olhar de ângulo renova certezas.

E entrou de novo no compasso que dava ritmo à sua vida.
Feito bailarina de caixinha de música: todos os arranjos
aproveitavam a corda para acompanhar o tom da música.
E fluia...
.



[Fez um colar de pequenas coragens e
pra cada conta repetia:
É preciso sentir
desmedidamente as pequenas coisas...]
*

sábado, 26 de junho de 2010

.:. Não se demore .:.








Chegue bem perto de mim.
Me olhe, me toque, me diga qualquer coisa.
Ou não diga nada, mas chegue mais perto.
Não seja idiota, não deixe isso se perder, virar poeira, virar nada...

-C.F.A.-




[Sim...foi mágico.
Um tanto que intenso e sutil em sua leveza
(...)
Talvez seja a hora de acreditar que aquilo que sentiu foi unilateral.
Mas recuso-me]
*

quarta-feira, 23 de junho de 2010

.:. Rosas Negras .:.


"Não me voltes a oferecer rosas , pois acabo sempre por me ferir nos espinhos que me invadem a pele e se disfarçam na perfeita convenção que chamam de amor.
Não me voltes a oferecer rosas, porque as tuas são cercadas de arame farpado e tu insiste em regar o pé da roseira com o sangue que brota das minhas feridas.

Não me voltes a oferecer rosas embrulhadas em sorrisos venenosos e falsas entregas... Eu nem sequer gosto de rosas amarelas, estranho não é? Logo eu que tenho o vermelho como cor preferida. Não me dê nem rosas vermelhas, oferece-me antes uma rosa negra, esse negro aveludado da cor das sombras.

Vou surpreender-te e da próxima vez...e serei eu a oferecer-te flores,.
Vou entrar no teu jogo e vou oferecer-te uma rosa tatuada de intenções.E quando for a tua vez de sangrar, arrancarei as pétalas uma a uma e vou disfarçar um sorriso vitorioso quando os meus espinhos rasgarem a tua pele. "




.

[Sempre gostaste de rosas,
porque não aproveitar-me das tuas fraquezas?
As regras acabaram de se tornar iguais.

Na verdade,sinto é a falta do mistério de amar a última pessoa
que eu amaria no mundo...]


*

segunda-feira, 21 de junho de 2010

(Pre)destinado :





-Engraçado como eu sempre me vejo sendo surpreendido por você.
Ela sorriu.
-Até quando...?
- Descubra...


Não havíamos marcado hora, não havíamos marcado lugar. E, na infinita possibilidade de lugares,
na infinita possibilidade de tempos, nossos tempos e nossos lugares coincidiram.
E deu-se o encontro.






[Fazia muito tempo que eu não tinha vontade
de sorrir para nada nem para ninguém,
então era extraordinário que ele conseguisse
perturbar assim os cantos de meus lábios.


C.F.A.]

sábado, 19 de junho de 2010

< 12 de junho >


Por um instante quis sentir falta de alguém, mas não consegui me lembrar de ninguém.
Por outro instante quis inventar uma pessoa, mas eu era tão de verdade naquele momento que me faltou capacidade para ser enganada.
Na noite mais romântica do mundo amei meu medo, meu quarto, minha cama, meu banheiro, minha coragem, minhas próximas horas pelo resto da vida, minha quase morte que agora me enchia de novidades, meu silêncio, a extensão do meu pânico curioso que iluminava toda a cidade, minha tranquilidade madura, toda a bagunça da minha cabeça.
Sim, a garotinha independente, magrinha,branquelinha, assustada, sensível, cheia de planos, cheias de erros e cheia de si, agora apenas recomeçava no corpo de uma mulher invisível.




[Amei que o mundo estava em festa e
meu convite dava direito apenas a uma pessoa...]


*

quinta-feira, 17 de junho de 2010

.:. Passagem .:.


.
Houve dias em que eu quis controlar o relógio, mil vezes por minuto...só pra não te ver partindo...ou então pra correr e levantar para abrir a porta.
E para que você me sentisse um pouco distante e tivesse pressa em me chamar outra vez para perto, para baixo ou para cima, não sei...


Houve um tempo,em que havia um tempo alegre em te esperar.

Pensava sempre que um dia a gente ia se encontrar de novo, e que então tudo ia ser mais claro, que não iria mais haver medo nem coisas falsas...
Há uma porção de coisas minhas que você não sabe, e que precisaria saber para compreender todas as vezes que fugi de você e voltei e tornei a fugir. São coisas difíceis de serem contadas, mais difíceis talvez ainda de serem compreendidas - se um dia a gente se encontrasse de novo, pensava que eu falaria delas, mas agora já não será preciso.

Às vezes, quando ainda valia a pena, eu ficava horas pensando que podia voltar tudo a ser como antes. E ficava pensando às vezes como deveria ser bom ligar e dizer "aconteceu algo terrível, sinto que não vou suportar" e ouvir: "senta e me espera, to indo agora pegar um avião pra te ver".

Houve uma época que eu pensei que eu te conhecia mais do que qualquer pessoa que havia passado em sua vida.

Houve tempos em que eu acreditei que em mim sempre haveria os teus passos, e que essas cicatrizes eram pra comprovar que o que houve entre nós, era atemporal e onipresente.

E você era quem dizia que eu era tão livre, tão acima do chão. Tão acima da sua cabeça.
Mas é você quem continua indo embora, e eu continuo ficando, vendo você levar partes de mim que agora eu nem sinto mais falta.
E você continua escrevendo sua história...pulando linhas, errando palavras, esquecendo os títulos.

E eu pensava que alguns sentimentos poderiam ser imperecíveis...

Até vc me ligar ontem e nem sequer reconhecer a sua voz.Para perceber que tinha terminado, então.



[Porque a gente, alguma coisa dentro da gente,
sempre sabe exatamente quando termina -
ela repetiu olhando-se bem nos olhos em frente ao espelho. ]
*

. EtíLicA .

.



Eu fui te buscar no mais profundo do meu corpo. Te amei antes e já não te amo agora que já não me sei mais.
Inda outro dia olhei nos teus olhos e só vi a minha imensa dor, que não era mais minha."



(...)

Neste mundo de agonias há quem viva de ilusões. Com sorrisos de alegria, com alma aos turbilhões. Faz pouco da realidade que é triste pra quem vive assim. E pensa que a felicidade se consegue pra sempre, sem fim.

-Maysa Matarazzo-



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"Eu odeio pessoas que entram num bar e não bebem.
Eu odeio testemunhas...
Um bar é um templo:
entrou, tem que beber!"


[MEUS DIAS DE MAYSA:
Bebendo demais, fumando demais,
fazendo merda demais,
sendo feliz demais... ]
*

domingo, 13 de junho de 2010

:: MaNuaL :






Eu sei que nesse universo todo há as aparências.E são elas as que mais confundem...mais simulam.
E agora voltei pra casa confusa.Com você na minha cabeça e apenas teu nome eu sei.
Quando o quis tê-lo nas minhas mãos, pensei que vc desejaria está em outra.
E quando eu estava em outras mãos, soube que era você quem estava nas minhas.
Mas elas estavam atadas.E eu queria as tuas.
Nas minhas mãos desorientadas que não te perceberam...estas mesmas mãos que você enxergou e eu apenas tropecei em mim mesma deixando-te ir embora.
São essas mãos que voltaram pra casa com outro cheiro,mas desejando que fosse o teu.Com essa mão eu tapei a cara pra não me ver borrada ao espelho do banheiro,escutando ainda a tua voz dizendo: “era você quem eu queria pra mim”.
São essas mesma mãos que vos escreve agora.Essas mesma mãos que descobriu teu número e discou sem ensaiar nada pra te dizer...(e o que eu diria,Deus meu?)
Essas mãos calejadas que agiram feito uma adolescente...com pressa,descuido e desatenção.
Essas mãos que irão dormir hoje feito ontem...com essa vontade...com essa curiosidade de sentir as tuas bem próximas as minhas ...sem esse medo infantil de ter pequenas coragens.
Apenas com esse medo de ferir tocando...e tateando agora antes de ter.





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“Quando eu olhar a noite enorme do Equador,
pensarei se tudo isso foi um encontro ou uma despedida.
-E que uma palavra ou um gesto, seu ou meu,
seria suficiente para modificar nossos roteiros.

(Silêncio)

-Mas não seria natural.
-Natural é as pessoas se encontrarem e se perderem.
-Natural é encontrar. Natural é perder.”
C.F.A.
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[ Pedi ao vento pra trazer você pra mim...]